Umas mini férias com 6 meses no tempo. A primeira viagem de avião a 4. Dias que passaram depressa demais para tanto que há para se ver e fazer. Pelo meio as birras do costume, de pequenas e grandes. Disneyland Paris aqui vamos nós.

Chegamos uma segunda-feira de manhã e voltamos numa quarta-feira depois do almoço. Alguns divertimentos estavam fechados, com muita pena minha.
Há muito para explorar. Diria que no mínimo são precisos 2 dias inteiros para se poder ver e andar em tudo quanto é diversão 🙂 e nós não conseguimos andar em todos.
Assim que entramos dentro do recinto sentimos que estamos numa mini cidade americana dentro da Europa. A recriação de cenários e espaços existentes é surpreendente.




Na última noite assistimos a um típico show de índios e cowboys americanos e cavalos. O espectáculo decorre dentro de uma arena onde em cada degrau ficam as mesas corridas que dão a volta à área. A comida servida durante o jantar é bem ao estilo american way. Havia frango assado e pianos besuntados em barbecue sauce. Tudo isto servido por empregados que carregavam os tabuleiros ao pescoço, como se estivéssemos num jogo de basebol ou futebol americano.




Ficamos no Disney Hotel mesmo à entrada do parque. A recepção e os corredores do hotel têm a imponência a que os filmes americanos me habituaram. No entanto, os quartos pecam pela sua reduzida dimensão e pela cama minúscula, que deveria ser king size para combinar melhor com toda aquela grandiosidade inicial.

Há alcatifa por todo o lado, aliás deve ser mesmo um vício americano pois nos filmes vejo-a constantemente, nos quartos, corredores, salas de estar e refeição, lojas, enfim, só não a vi nas casas de banho.



Enquanto deambulamos pelas ruas em modo a dormir-acordado-stressado passamos pelas típicas lojinhas e restaurantes. Vejamos a lista de maravilhas culinárias, pizzas congeladas que aquecem nos micro-ondas, cup-cakes e cookies gigantes a preços astronómicos para a parca qualidade que apresentam, hot-dogs em modo fast food, saladas embaladas sem pinga de sabor e água que sabe tão bem quanto a que muitas vezes se bebe em Espanha.
Salve-se o pequeno-almoço onde há ovos, fruta, iogurtes e aqueles croissants ainda quentes pelos quais vale a pena esquecer a linha durante estes dias. Tirando este raro momento do dia tudo se resume a fritos e fast-food.
Mas se a comida deixa muito a desejar, e nos faz pensar que se as princesas a comessem todos os dias não seriam tão delgadas quanto as vendem, o mundo de diversão que há a explorar faz-nos sonhar e querer experimentar tudo, sim nesses dias podemos ser o que quisermos.
O recinto divide-se em áreas distintas e com temas diferentes:
Fantasyland – como indica o nome é nessa área que se podem encontrar todos os cenários e diversões dos grandes clássicos da Disney, sendo que o palácio da Bela Adormecida é a imagem de marca da Disney. Por lá se encontram também o Dumbo, O País do Conto de Fadas, Pinóquio, entre outros.




Adventureland – nesta área podemos encontrar o Pirata das Caraíbas, Aladino, O Barco dos Piratas e até mesmo a caveira que brota água e que faz parte de desenhos animados como a Sininho e o Capitão Gancho


Frontierland – aqui podemos encontrar o verdadeiro oeste americano, a casa assombrada 🙂 uma montanha russa e até mesmo um porto onde está o grande Molly que nos leva a viajar durante cerca de 15-20m por um pequeno lago, bem a fazer lembrar o Tom Sawyer (apesar deste nada ter a ver com a Disney).





Discoveryland – aqui a diversão é mais voltada para os meninos mas isso não me impediu de entrar no pavilhão do Buzz Lightyear 2 vezes, aliás dos meus divertimentos favoritos onde sentados em pequenas carruagens temos que acertar em vários objectos com um laser vindo da pistola do Buzz. Também por aqui está o capitão Nemo, um visita à Guerra das Estrelas com direito a viagem no espaço e ainda uma pista de carros onde os mais pequenos, de acordo com a idade, podem eles mesmos conduzir um carro 🙂


Para quem aprecia passeios num comboio, a fazer lembrar os bem antigos movidos a carvão, existe um que dá a volta ao parque sendo que tem várias estações espalhadas. Vale a pena a viagem, pois além de uma perspectiva diferente do parque dá um jeitão quando as pernas já estão cansadas e temos que fazer o caminho de volta.



Nesta parte do parque existem inúmeras opções de divertimento para todas as idade e gostos. Há vários divertimentos compostos por carruagens, sob carris ou pequenos cursos de água, com mais ou menos luz e que nos podem arrepiar, assustar ou fazer rir e querer repetir. A parada da Disney é um dos momentos altos do dia bem como o espectáculo de fogo de artifício, em tudo igual ao que mostram os filmes quando começam, fabuloso e dos quais não tenho registo pois a bateria não aguentou.
Devido às filas que podem haver e dependo da forma como adquiriram os bilhetes, se por exemplo têm aquilo a que se chama fast-pass , aconselho a que os deixem para os divertimentos mais concorridos pois este tipo de ingresso dá para nos colocarmos numa fila menos e mais rápida.
A outra parte do parque diria que é mais para os graúdos, isto no que toca a divertimentos, pois nem todos podem ser frequentados por crianças com altura inferior a 1.02m ou quem é susceptível de doenças de coração. Digo isto pois existem divertimentos que elevam a adrenalina a um expoente máximo, como por exemplo a queda livre num elevador de um hotel assombrado ou num divertimento que se assemelha a uma carapaça de tartaruga e que vem a pique 🙂 Sou suspeita mas adoro este tipo de emoções.
Falo então do recinto da Walt Disney Studios – aqui nem tudo é mais direccionado para os crescidos pois é neste local onde estão os cinemas que passam vários filmes e espectáculos durante o dia, incluindo uma perseguição ao vivo e conhecer o famoso Faísca ou até mesmo ir a Hollywood.



Há ainda a parada da Disney, o momento onde vi as miúdas completamente extasiadas e histéricas ao verem as suas personagens desfilar mesmo à frente dos seus olhos.

Podia ter feito um post mais pequeno, pois podia, mas não creio que fosse a mesma coisa.
Para quem pensar fazer um passeio em família até lá vale bem a pena e aqui deixo umas dicas que vos poderão ser úteis:
- A primeira coisa é fazerem uma boa pesquisa sobre ofertas e preços pois nem sempre as agências de viagens os têm. Nós fizemos a compra através do site da Disney no UK e foi mais barato que as outras ofertas e promoções que por aí vimos;
- Vejam a temperatura, pois a diferença do nosso país para lá pode atingir facilmente menos 10ºC;
- Fomos em Março e apesar de alguns divertimentos estarem fechados para manutenções achei que foi uma boa altura e sem grandes tropelias e multidões, se bem que havia que bastassse;
- Não esperem encontrar boa comida no recinto ou água porque isso é pura “fantasia” – ou então escapou-me um bom sítio durante a visita;
- Partimos de Lisboa e fomos na TAP, a viagem foi rápida e sem sobressaltos. O avião aterra no aeroporto de Orly onde existe uma paragem do autocarro que nos leva para a Disney. Os franceses primam pela simpatia, atravessei o aeroporto todo e ninguém percebia inglês. Não fosse o meu francês de escola e ainda hoje andava à procura do número da paragem.
Por último, façam a mala convictos que de que ao chegar ao parque irão deixar o lado sério e o peso de ser adulto e divertirem-se à grande 😉
Até breve.